Por que o nome Oficina da Vida?
- Cilene Bandeira
- 15 de mar. de 2019
- 2 min de leitura

Nome é coisa muito séria e preciosa, posto que é o que nos identifica, fala por nós, diz o que somos, traz consigo as verdades da nossa história.
Pois bem, quando pensei em como “batizar”, identificar a concretude de um sonho - uma escola onde adultos e crianças ensinassem e aprendessem com alegria -, vi surgir no meu imaginário um espaço de formação que reúne gente. Gente com suas facetas, suas crenças, suas multicores, sua diversidade. Sempre acreditei que escola é, essencialmente, lugar de convivência entre saberes e pessoas, tudo junto, interagindo, transformando-se e ajudando a transformar, metamorfoseando-se e provocando metamorfose.
E tem metáfora mais significativa, nesse contexto, que pensar a escola como uma oficina onde a vida é (deve ser) tecida e (des)tecida o tempo inteiro?
Oficina é lugar de criação, de nascimento. Lugar de concretizar o que a gente idealiza a partir do que a gente já conhece e acredita poder melhorar, aperfeiçoar, (re)inventar. É na oficina que damos vida ao que projetamos.
O útero materno, por exemplo, é o grande, fenomenal e mágico espaço onde se inicia a vida humana, mas é o mundo das relações, das interações com o outro o que, de fato, torna a criação humana possível. O mundo dos afetos, das trocas de saberes, da inventividade humana é que é a nossa grande oficina... e nela pulsa a vida!
A escola é a “oficina social” onde são sistematizados e socializados os saberes construídos pela humanidade ao longo da sua história, mas é lugar de gente, por isso é tão fundamental a dialogia, a intensa e honesta convivência entre os seres sociais e culturais que somos.
Foi pensando assim que nasceu a Escola Oficina da Vida!
Artigo escrito por Cilene Bandeira, diretora pedagógica e fundadora da escola
















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